Consoles e acessórios mais curiosos já lançados: O Guia Bizarro
E aí, viajante do tempo! Se você cresceu entre as décadas de 80 e 90, sabe que aquela era era basicamente o “Velho Oeste” da tecnologia doméstica. Não havia regras. As empresas estavam tentando descobrir o que o público queria e, nesse processo, acabaram criando algumas das coisas mais estranhas que já passaram pela frente de uma TV de tubo. Hoje, vamos relembrar os consoles e acessórios mais curiosos já lançados, aquelas peças que hoje parecem saídas de um filme de ficção científica B, mas que, na época, juravam que iam mudar as nossas vidas.
O Futuro nas Suas Mãos (Ou Quase Isso)


Quem não se lembra da Power Glove? Se você viu o filme O Gênio do Videogame (The Wizard), provavelmente ficou babando quando o vilão Lucas disse a icônica frase: “Eu amo a Power Glove… ela é tão legal”. Na tela, parecia que ele tinha superpoderes. Na vida real, a gente parecia um boneco de posto tentando fazer um movimento simples no Punch-Out!!.
A Power Glove é, sem dúvida, um dos acessórios mais curiosos já lançados porque ela tentou trazer o controle por gestos muito antes de o sensor de movimento ser algo viável. Ela usava sensores de fibra óptica para detectar o movimento dos dedos, mas a precisão era tão baixa que você passava mais tempo calibrando do que jogando. Era frustrante, era imprecisa, mas convenhamos: colocar aquela luva fazia qualquer criança se sentir o próprio RoboCop.
A Dor de Cabeça em 3D

Falando em Nintendo, não podemos esquecer o Virtual Boy. Ele ocupa um lugar especial na lista de consoles mais curiosos já lançados por ser o primeiro grande tropeço “portátil” da Big N. A ideia era revolucionária: realidade virtual em meados dos anos 90. O problema? A tela era composta apenas por LEDs vermelhos e pretos.
Jogar Virtual Boy por mais de 15 minutos era o caminho mais rápido para uma enxaqueca épica ou para ver manchas vermelhas pelo resto do dia. O console não era exatamente portátil (você precisava apoiá-lo em uma mesa e enfiar o rosto nele), e a biblioteca de jogos era minúscula. Mas, ei, o efeito 3D em jogos como Wario Land era genuinamente impressionante para a época. Foi um fracasso comercial retumbante, mas hoje é uma peça de colecionador caríssima.
Lutando Contra o Ar com o Sega Activator


A Sega não ficou atrás na corrida pelas bizarrices. O Sega Activator foi a tentativa do Mega Drive de criar um “Kinect” nos anos 90. Era um octógono de plástico que você montava no chão e ficava no meio dele. Sensores infravermelhos detectavam seus movimentos quando você passava a mão ou o pé sobre os feixes de luz.
Parecia o sonho de todo fã de Street Fighter ou Mortal Kombat, certo? Errado. A resposta era lenta e, muitas vezes, o sensor simplesmente ignorava seus chutes. Além disso, o seu quarto precisava ter o teto perfeitamente plano e nenhuma lâmpada por perto, senão o acessório “enlouquecia”. Ver alguém tentando jogar com o Activator parecia uma dança interpretativa muito mal ensaiada. Sem dúvida, um dos acessórios mais curiosos já lançados pela casa do Sonic.
O Robô que Salvou a Indústria

Muitos não sabem, mas o R.O.B. (Robotic Operating Buddy) foi um cavalo de Troia tecnológico. Após o crash dos videogames em 1983, as lojas nos EUA não queriam saber de consoles. A Nintendo, então, lançou o NES junto com o R.O.B., vendendo o pacote como um “brinquedo robótico” e não como um videogame.
O R.O.B. funcionava recebendo sinais ópticos da tela da TV (aqueles flashes rápidos). Ele movia discos e empilhava peças para ajudar o jogador em títulos como Gyromite. Era lento, barulhento e só funcionava com dois jogos, mas cumpriu sua missão: colocou o NES dentro das casas americanas. Como acessório, era quase inútil após a novidade passar, mas como curiosidade histórica, ele é insuperável.
Gritando com a Konami

Imagine que você está jogando um jogo de navinha e, em vez de apertar um botão, você precisa gritar “FIRE!” toda vez que quiser atirar. Esse era o Konami LaserScope. Criado para o jogo Laser Enforcer, ele era um fone de ouvido com uma mira que ficava na frente do seu olho.
Ele é um dos e acessórios mais curiosos já lançados porque o microfone era sensível demais. Qualquer barulho no ambiente fazia a arma disparar. Se sua mãe entrasse no quarto gritando para você ir jantar, sua nave disparava freneticamente. Era o caos sonoro em forma de periférico.
O Controle de Motosserra: Estilo Sobre Substância

Dando um salto para o início dos anos 2000, mas mantendo o espírito geek, temos o controle de motosserra lançado para Resident Evil 4. Disponível para GameCube e PlayStation 2, ele é o ápice do design bizarro. Ele literalmente tinha o formato da motosserra do Dr. Salvador, completa com marcas de sangue.
Embora fosse maravilhoso para exibir na estante, jogar com ele era um pesadelo ergonômico. Os botões ficavam em lugares impossíveis e o analógico era estranho de manusear. Mas o som de partida da motosserra que ele emitia? Isso era puro estilo. É o exemplo perfeito de como a indústria de acessórios mais curiosos já lançados adora testar os limites da praticidade.
O Legacy: Por que amamos o estranho?
Olhando para trás, é fácil rir dessas tentativas falhas. No entanto, esses consoles e acessórios mais curiosos já lançados mostram uma coragem que às vezes sinto falta na indústria atual. Naquela época, as empresas não tinham medo de parecer ridículas se houvesse 1% de chance de criarem a próxima grande tendência.
A Power Glove pavimentou o caminho para o Wii. O Virtual Boy foi o tataravô (meio torto, mas importante) do Oculus Rift. Até o humilde Game Boy Camera, que tirava fotos granuladas em quatro tons de cinza, previu que um dia usaríamos nossos consoles para muito mais do que apenas jogar.
Essas bizarrias são os degraus de uma escada tecnológica que nos trouxe até o que temos hoje. Elas carregam o DNA da nossa infância, o cheiro de plástico novo e a frustração de assoprar uma fita que não queria pegar. No final das contas, o legado desses aparelhos não está na funcionalidade, mas na memória afetiva que eles criaram. Eles são monumentos à nossa imaginação de criança, quando acreditávamos que uma luva de plástico realmente nos daria o controle do universo.
Pixel Nostalgia Relembrando o melhor da era 8 e 16 bits — um byte de cada vez.
Brincando um pouco com a IA e imaginando como seria usar todos estes acessórios de uma vez só, até o YO do jogo Yo Noid! achou engraçado 🙂